No Dia do Pediatra, conheça a história de quem transforma amor em cuidado

No Dia do Pediatra, conheça a história de quem transforma amor em cuidado

Fotos: Vinicius Becker

No consultório da clínica Amparo no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, em Santa Maria, a médica pediatra e infectopediatra Débora Stefanello Golart, 35 anos, repassa a agenda de atendimento para os próximos dias. O momento é de reflexão e orgulho por fazer parte de tantas histórias.

 – Para mim, ser pediatra é cuidar da pessoa mais importante da vida de alguém. Então, é algo que se precisa fazer com bastante responsabilidade. Eu faço a sala de parto, que é quando o bebê nasce e acompanho a criança ao longo da vida – afirma Débora, com um sorriso.

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No domingo, 27 de julho, é celebrado o dia do pediatra no Brasil. A data, que faz referência a fundação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em 1910, busca reconhecer a importância desses profissionais para a saúde e o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Conforme Débora, o desejo de ser pediatra surgiu durante a graduação:

Eu nasci em Júlio de Castilhos e vim para Santa Maria para fazer o terceiro ano do Ensino Médio. Morei durante três anos na cidade até que passei na faculdade em Santa Cruz do Sul e fui embora. Eu sempre gostei do cuidado ligado à prevenção e durante a graduação, eu percebi que a pediatria se encaixava melhor nesse desejo de ajudar e acompanhar a criança durante a vida. Quando concluí o curso em 2016, voltei para Santa Maria para fazer a residência.

Em um mural montado na Clínica Amparo, Débora lembra com carinho de cada criança e suas famílias

Formada em medicina pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Débora ingressou na residência médica em pediatria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 2017. Durante a formação, o destino lhe deu um presente: Bruno, que hoje tem 6 anos. Anos depois, veio o pequeno Caetano, de apenas 3 anos. Segundo Débora, a maternidade aumentou o respeito que já tinha pela atenção e zelo dos pais.
Durante a residência, eu tive o meu primeiro filho, o que eu considero uma conquista e um desafio. E sinto que isso me mudou muito durante a formação, porque eu passei a enxergar aquelas crianças não apenas como médica, mas com o olhar de uma mãe. Hoje, eu tento equilibrar esses conhecimentos, buscando sempre o melhor para cada criança e família. Existem coisas que não são acessíveis para os pais e outras que são o máximo que eles podem fazer, então, tento ser empática. Tratar os pais como gostaria que me tratassem quando estivesse prezando pela saúde dos meus filhos – afirma a médica.

Pela instituição, ela também realizou a residência em infectopediatria entre 2019 e 2020. O período marcado pela pandemia de Covid-19 ensinou a Débora sobre o medo e a eterna busca dos pais por informação:

Foi bem desafiadora essa fase, porque foi uma época de bastante trabalho. A infectopediatria é uma especialidade que contribuiu muito para a minha formação e para o modo como trabalho em consultório. Sabemos que as crianças desenvolvem doenças simples e complexas. Mas ninguém fala sobre o quão importante é que os pais e as mães estejam seguros e bem orientados sobre quando buscar ajuda. Eu tento fazer isso no meu consultório e o resultado é sempre positivo. Criei vínculos tão legais com as famílias que atendo que eles torcem pelos meus filhos, assim como eu torço pelos filhos deles.

Débora e os filhos Caetano e Bruno Foto: Arquivo pessoal

Residência Médica

Existem mais de 4 mil pediatras no Estado, segundo a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS). Para ser um profissional desta área, é necessário realizar residência médica em pediatria.
Na UFSM, a modalidade de pós-graduação é ofertada desde 1968 e tem como principal ambiente de ensino o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Conforme a Comissão de Residência Médica (Coreme), “a carga horária anual da formação é de 2.880 horas, sendo que o curso de pediatria hoje tem duração de 3 anos”.
O ingresso na modalidade, que abre 12 vagas por ano, envolve a realização do exame da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e uma análise de currículo. Atualmente, 32 médicos realizam a residência em pediatria: 11 ingressaram este ano na instituição, 10 são do segundo ano e 11 estão na última turma, com previsão para se formar em 2026. Na UFSM, a formatura dos residentes ocorre sempre no final do mês de fevereiro do ano corrente.

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